20091027

oh,...


reflexo no tanque da moura. ni - 2009.



imitou por entre os dentes o zumbido de um mosquito enquanto olhava aborrecida em volta.


não podia sair à rua porque não estava tempo para isso, também não podia trabalhar porque não estava luz para isso. arrastava-se então entre as divisões da casa, quarto, cozinha, sala... sem rumo certo gravitava entre as bolachas no sofá e o copo de água na biblioteca.


a luz acinzentada do dia entrava pela janela mas de forma tão tímida que quase parecia que ficava na rua, nem chegava a criar sombras, outras sombras, porque sombrio já era tudo. os objectos que normalmente assumiam tons amarelados hoje estavam com aquele ar inócuo, com cor indefinida mas fria, isso, objectos frios inexpressivos.

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